Está disponível para download na Play Store do Google e na Apple Store o aplicativo “Recoopsol” que comercializa produtos orgânicos de agricultores familiares de Mato Grosso. Esse é um dos destaques da nova edição do Informativo da Fundação Uniselva.

No aplicativo, os produtos são divididos nas categorias frutas, laticínios, legumes, tubérculos, artesanato e outros. Após instalá-lo no celular, o usuário deve realizar o cadastro e esperar a validação social. Depois disso é só escolher os produtos. Os pedidos feitos até as quartas-feiras são entregues aos sábados. O pagamento é feito somente no ato da entrega.

  Produtos orgânicos da agricultura familiar entregues pelo aplicativo “Recoopsol”

Esse aplicativo decorre do programa de extensão tecnológica homônimo Recoopsol, acrônimo para Rede de Cooperação Solidária de Mato Grosso. O programa é apoiado pela Fundação Uniselva e está vinculado à Faculdade de Nutrição (Fanut) da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), câmpus Cuiabá.

Atualmente, a rede é coordenada pelo professor Oscar Zalla Sampaio Neto, doutor em Engenharia de Alimentos. Durante a live de lançamento do aplicativo, realizada no canal “Recoopsol UFMT” no YouTube, o professor destacou que o foco de todo trabalho é o fortalecimento dos empreendimentos da Economia Solidária. Ele pontuou o papel da UFMT, salientando que ela é apoiadora, sendo que o protagonismo do desenvolvimento está nos empreendimentos que efetivamente fazem economia solidária.

Recoopsol

A Rede de Cooperação Solidária de Mato Grosso é desenvolvida com recursos de um Termo de Execução Descentralizada entre o Ministério da Cidadania, por meio da Secretaria Nacional de Inclusão Social e Produtiva Urbana, e a UFMT.

A Universidade por sua vez firmou convênio com a Uniselva para o gerenciamento financeiro e execução do projeto.

A rede fomenta um ambiente colaborativo, promovendo arranjos produtivos locais, comercialização coletiva e uma comunicação integrada entre as organizações. Combina formação, assessoria técnica, plano de marketing e estratégias de comercialização.

“As ações são construídas em conjunto com a comunidade num modelo de autogestão participativo, ou seja, todos da rede têm a mesma importância e o mesmo poder decisório, seja um membro da UFMT ou um membro da comunidade”, ressaltou o professor e pesquisador da Universidade, Josiel Figueiredo, um dos integrantes da equipe do programa.

Segundo dados apresentados pelo professor, os impactos da Recoopsol trazem geração de renda para mais de 128 empreendimentos, que incluem comunidades urbanas, rurais, quilombolas e indígenas; com um total de 2.438 pessoas beneficiadas diretamente. “Tudo isso chegou nesse nível devido principalmente à metodologia de trabalho em rede, na qual a UFMT é um dos elos importantes. Mas também porque as ações envolvem aplicar e gerar tecnologias desde o contexto da melhoria da produção de alimentos de forma sustentável e agroecológica até na logística de sua comercialização.

Acesse recoopsol.ic.ufmt.br. 

Abaixo algumas iniciativas apoiadas pela Rede.

Unidades de referência em Sistemas Agroflorestais em Acorizal, a 52km de Cuiabá, e em Várzea Grande são visitadas pela equipe de Transição Agroecológica da Recoopsol para coletas e análises dos solos que visam aumentos e melhorias na produção:

Associação Poguba de Artesãos de Rondonópolis, composta em grande parte por mulheres, tem no artesanato uma fonte de renda complementar para as famílias:

Implantação de Sistemas Agroflorestais (SAFs) em projeto Transição Agroecológica. Nesse modelo, plantam-se em um mesmo espaço cultivos agrícolas e árvores. As plantas se misturam em um mesmo local com espécies frutíferas e hortaliças, juntando várias espécies para que assim se interação que ocorrem com as várias espécies possam dar um resultado positivo para o agricultor:

Formação de lideranças facilitadoras com indígenas da etnia Bororo, artesãos, agricultores familiares, estudantes, membros de movimentos sociais e de pastorais, funcionários, empresários e professores:

Farinheira Zumbi dos Palmares, em Jaciara, onde é produzida farinha de mandioca com práticas da Economia Solidária:

Por Assessoria de Comunicação/Fundação Uniselva
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