Acordo visa a execução de um projeto dentro do Programa de Cadeias Produtivas da Bioeconomia, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação

A Fundação Uniselva e a Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP) concluíram a etapa final de negociação para a contratação de um novo convênio. O acordo visa a execução do projeto "Meliponicultura e manejo sustentável da flora do cerrado para desenvolvimento de cadeia produtiva de bioprodutos alimentícios" dentro do Programa de Cadeias Produtivas da Bioeconomia, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). 

Ocorrida em abril, a reunião contou com a participação da coordenadora e da analista do setor de Captação da Uniselva, Janaína Queiroz e Suzana Chaves, respectivamente. Da parte da FINEP, esteve presente a analista Rosilene Costa dos Santos.  Da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), esteve presente o Pró-reitor de Pesquisa (PROPeq), Leandro Battirola, e os professores do campus Araguaia, Eliane Augusto Ndiaye, também coordenadora do projeto, Bruno Ribeiro Silva e Eduardo Afonso da Silva Junior. A analista da Gerência de Projetos da PROPeq, Jéssica Mafioletti, também participou da reunião, representando a gerente de projetos Verônica Hirata. 

O planejamento visa estabelecer o manejo sustentável de colônias de abelhas sem ferrão (ASF) em dois assentamentos do município mato-grossense de Pontal do Araguaia. Além disso, o trabalho pretende garantir assistência técnica às famílias integrantes da realização, estabelecendo a criação de uma cadeia produtiva autossustentável de bioprodutos oriundos dos meliponários. A aprovação do projeto pela FINEP garantirá os recursos essenciais para sua implementação e desenvolvimento, representando um avanço significativo para a promoção do desenvolvimento sustentável na região. 

Janaína Queiroz, coordenadora do núcleo de Captação da Fundação Uniselva, esteve acompanhando todas as etapas para a contratação do convênio e destaca a importância do trabalho conjunto entre a universidade, fundação e FINEP. “Ficamos felizes porque sabemos que o retorno será muito positivo para nosso estado e para todas as famílias que serão contempladas. No final, toda a sociedade sai ganhando”, comemora. 

Conforme a coordenadora do projeto, Eliane Augusto Ndiaye, professora do campus Araguaia da UFMT, o trabalho em equipe é o que vai permitir o sucesso das atividades propostas. A parceria com a universidade proporcionará suporte técnico e científico essencial para a criação das abelhas nativas e produção de mel, além do desenvolvimento de projetos de pesquisa e extensão. 

O trabalho na prática

As famílias dos assentamentos serão capacitadas e todos os produtores passarão por qualificação para o beneficiamento e manipulação de derivados alimentícios a partir dos produtos das abelhas, além de desenvolver ações voltadas à exploração sustentável da biodiversidade, direcionando a coleta e beneficiamento de frutos de espécies nativas. A expectativa é de promover a preservação e recuperação do Cerrado, por meio do plantio de árvores frutíferas e/ou de espécies com floração e produção de resinas atrativas às abelhas. 

Para a execução dos trabalhos, a parceria com a Prefeitura Municipal de Pontal do Araguaia será fundamental para a disponibilização de área em feiras municipais para a venda dos produtos dos assentamentos, além de transporte e apoio técnico por meio de uma agrônoma da prefeitura. A comercialização dos produtos deverá ser viabilizada por meio de parcerias com grandes empresas, o que permitirá, também, a venda das matérias-primas obtidas pelas famílias.